segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cinema Mudo, em preto e branco.





De silêncio em silêncio faço festa
Rock’n’roll mudo nossa transa
É no branco da página meu verso
Essa coisa vazia que sangra

Insana de mudez você clama
Grita sem som de ódio e dor
E eu calado e sisudo não respondo
Mas guardo fechado meu rancor.

Os fatos são repletos de silêncio
E a vergonha do silêncio nos assusta
Pois na calada da noite escura
Só o silêncio guarda nossa cama


Osmose.

O mundo ao meu redor explode
cinza e vermelho
um quadro de Pollock
E as pessoas se assustam
quando meu coração absorve o negro das palavras

quando o fel escorre dos vapores de meu ser
quando escrevo meu próprio quadro em vermelho.