quarta-feira, 20 de abril de 2011

O Branco o Cinza e o Negro em minha pele.

Escrevo um poema
como quem escreve um aviso
escrito em papel adesivo
colado na geladeira

Escrevo como se não existisse
nada de bom para escrever
para que o cinza do grafite
faça meu branco evanescer.

A quarta parede

Coloco minha felicidade num papel
E fecho meus olhos com seu véu
Esperando um trem descarrilhado
que me cure desse enfado

Uma vela branca na escura noite
a luz ilumina com rubro açoite
mas minhas dúvidas continuam no branco
na claridade infinita da verdade vazia

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A madeira em minha pele.

Queria ser pinóquio
ou tal qual pinóquio
ser de mentira
pois de mentira
seria infinito
e nesse infinito
me perderia
até que um dia
um dia poderia
viraria um dia
verdade de mentira.