quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Um poema longo como a vida.

Um terrível segredo elas guardam
Em suas terras aradas
Andei pelas estradas erradas
Por respostas que tardam.

Por elas ganhei dinheiro.
Perdi tudo pelo cheiro
Adocicado do segredo
Motivo do meu degredo.

Por elas morri menino
Perdi minha inocência
Na doce cadência
Do vermelho sino.

Por elas vivi a demência
Da vida sem paciência
Do derradeiro sorriso
Da morte paraíso.

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Do amor.



I

E há no mundo amor?
Meu amor me ama?
Quando Adamastor
Amordaçado na cama
Ama.

II

Há no mundo paixão!
Desvariosa chama!
Fogario que ama
Amor amado no chão
Cama.


domingo, 9 de dezembro de 2007

Da estilística fônica.


I

Afinado alfinete
Alfinetada afinação
Sonoramente ação
Saboroso estilete


II

Vezes desafino
Todo o desatino
Do olor cíclico
Vago-específico