quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sonho vívido.

Tenho sonhos demasiados
quiméricos, de fadas
que cintilam em meu céu.

Tenho guardado os dados
rubro tecido das estrelas
Em noites feitas de fel.

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

Oi Gui,
achei que aqui, como geralmente ocorre quando você acerta nessa sua estrutura, você cria um jogo, um movimento interessante entre a primeira estrofe e a segunda (isso talvez seja o que difira da minha adaptação dessa sua forma que, ao contrário do que ocorre na sua, não apresenta essa aparente oposição entre as estrofes que se resolve - ou não - na relação entre as duas, geralmente a minha é mais monolítica). Assim, da noção de sonho, de fantasia, de imaginação no primeira (em que a ênfase está no sujeito que, por assim dizer, toma para si o céu); se parte para a questão do jogo que, apesar do aparente domínio dos dados no primeiro verso, demonstra uma visão mais dura, mais "mecânica", mais desumana que vai dar nas noites de fel...
Foi assim que li...