quinta-feira, 24 de junho de 2010

Fábula Pós-Moderna

        I

Um gato olha um espelho
No silêncio do escuro
seu olho cravo no velho
pretérito do futuro

       II

Uma mão desce o ferrolho
Duma porta para o dia
O aceso enfado d'olho
noutro espelho parodia

3 comentários:

Guilherme Mariano disse...

Não ficou bom, acho que vou mudar algumas coisas, e idéia era no segundo criar um choque de memória, ou a sensação do espelho acordar e olhar, mas acho que ficou meio blasé o final. Não gostei ainda.
O que eu gostei foi que consegui criar um poema em redondilha maior.

Fernando Cordeiro disse...

Concordo com você, acho que um problema é o último verso... os outros todos são "cumulativos", vão se sonhando, ao contrário da primeira parte (que ficou simpática), o último verso da segunda parte não consegue ser "disjuntivo" como parece que quer ser, ele não traz, por exemplo, a força crítica que o 1º.
Legal que você tá conseguindo escrever de maneira mais contínua...

Guilherme Mariano disse...

Eu mudei o último verso.