quinta-feira, 17 de junho de 2010

Vinum veritas est?

Os poemas para o cânone
são como o vinho para um conoisseur.

Quando jovens são
por demasiado
incompletos

Falta a consistência do selo de garantia.

Quando velhos
exilados em seus barris de carvalho

amadurecidos pelos anos
são néctar
ambrosia
provada em cristal.

Mas a incerteza é a mãe
da pergunta infiel:

Qual é a medida da idade
para um gordo conosseiur
que não quer tomar sangria
não se engasgar com vinagre?

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

Esse é divertido... e um pouco diferente dos seus outros, é mais "argumentativo" e mais "prosaico", simpático...