sábado, 6 de novembro de 2010

Rascunho da Saudade

Tenho saudades de quem eu fui
Do rio que passou pela senda
e morreu desaguando no mar
de sorrisos apagados.

Tenho saudades de quem não fui
Dos sorrisos inexistentes
De quem poderia ter sido
Não fosse um lance de dados.

4 comentários:

Guilherme Mariano disse...

O rascunho ainda é um rscunho.

Fernando Cordeiro disse...

Não gostei muito do último verso...

Fernando Cordeiro disse...

vamos expandir o comentário anterior. Achei que, de um modo geral, o que se coloca em foco é a questão da escolha (algo do tipo: o que você escolhe te leva a determinados caminhos e não a outros) e da possibilidade, nesse sentido incluir a questão da sorte enfraquece um pouco a coisa. Embora, sempre é possível, se ler o último verso mais literalmente no sentido de um jogo de dados que mudou as possibilidades (com um resultado ou outro)...

Fernando Cordeiro disse...

De qualquer forma, eu, particularmente, gosta da relação entre saudade do que foi e do que não foi, assim como do que será e do que não será...