terça-feira, 24 de julho de 2007

Busto Para um poeta Mineiro.


I

Espectros de homens passam
comedidos por desejos ruminados.
Sentado na pedra fria,
chora um poeta.

II

Esfomeados por mais desejos,
comem alucinados o que encontram.
O poeta é devorado.
Fica a pedra.


À Murilo Mendes.

Um comentário:

Guilherme Mariano disse...

A primeira versão deste poema foi publicada sobre o título de Espectros na segunda edição da revista Liber lançada em dezembro de 2004. A Liber foi uma tentativa de se criar uma revista criativa para o curso de Letras do IBILCE-UNESP, à qual eu participei e que inflizmente não vigorou.