sexta-feira, 27 de junho de 2014

Vampiro

Esparramo os ossos pelo chão.
Das mãos escorre o sangue
Os pedaços de meu filho
e seu aberto coração


Ossos finos e brancos, pequenos.
Diletosamente guardam o menino.
Com receio, o vermelho bebo.
Sorrio, tem gosto de vinho.

Um comentário:

Fernando Cordeiro disse...

Achei esse bem bacana. Por um lado, ele tem a característica que, talvez, eu ache mais sua: certa violência. Aqui, ao que parece, ela está vinculada a uma espécie de "ternura perversa" que tem tudo a ver, creio, com (certa) tradição vampiresca...